quinta-feira, 3 de maio de 2012
HISTÓRIA DO PARQUE NATURAL PENEDA GERÊS
HISTÓRIA DO PARQUE NATURAL
Estas paragens estão cheias de encantos, todo aquele visitante que tenha a fortuna de visitá-los e pouco a pouco conhecê-los, dá-se conta que não são uns simples vales sulcados por rios, no momento mais inesperado surpreendem-nos com maravilhosas poças de águas limpas e frias, que tonificam intensamente os corpos quentes das caminhadas, e no Verão o habitual forte calor; não são uns simples caminhos que percorrem colinas escarpadas e rochosas montanhas cheias de vegetação autoctone, onde carvalhos levam a surpreendentes prados, nos quais gado de montanha, vacas, cavalos, e cabras disfrutam da tranquilidade dos frescos pastos; e como nos iríamos esquecer das suas gentes, das quais muitas deixaram em anos passados a vida em suas aldeias e montanhas; hoje em dia são muitos os testemunhos da dura vida que estas gentes levavam, um dos quais o grandes muros de pedra que guiavam os lobos ao encontro de profundos fossos, onde seriam arrancados de suas vidas por pontiagudas lanças firmemente em posição vertical ao fundo do fosso, e no alto, a mão do homem arrematando o cruel acto. Esta violenta decisão era necessária para a própria sobrevivência. Por tudo isto, e muitos outros motivos, fizeram mudar o seu dia-a-dia por uma vida mais cómoda que a emigração lhes proporcionava. Tudo isto e muito mais, difícil de descrever com palavras, mas fácil de entender para aquele que sem pensar se dá conta que decobriu um lugar onde os sonhos se tornam realidade.
Hoje em dia, as aldeias com melhor acesso encontram-se bem povoadas, e disfrutam das vantagens desde 1971 altura em que é declarado Parque Nacional, com o nome Peneda-Gerês, o primeiro de Portugal a receber esta classificação. Ocupando uma extensão de 72000 hectares, estendendo-se pelos municípios de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. Do outro lado da fronteira em terras espanholas continua com o parque nacional da Baixa Limia-Xures, com uma extensão de 20920 hectares.
Situado no Massiço Hespérico, essencialmente granítico, o ponto mais alto encontra-se na serra do Gerês a 1500m, atravessado por muitos cursos de água, entre os quais se destacam o rio Cávado, Lima e Homem.
O carvalho é a árvore dominante, encontrando-se pinheiros, medronhos, e vários arbustos nas zonas mais elevadas. Há espécies exclusivas do parque, como o lírio e feto do Gerês o hipericão. Entre as espécies de animais abunda o javali, veado, e texugo; em menor número a águia real, lobo e falcão. E como animais característicos encontramos a vívora negra, a serpente de água, o lagarto e a salamandra.
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