sábado, 5 de maio de 2012

LARGO DO EIRÓ NO SOAJO
A praça principal da aldeia do Soajo (conhecida por Largo do Eiró) é presidida por este pelourinho, com um simples esteio ao alto, muito próximo do habitual «tronco» do século XIII. É um monumento tosco, de enorme valor histórico e etnográfico - testemunho do tempo em que esta povoação serrana foi vila. A data da sua edificação é incerta, embora o foral dado à vila por D. Manuel em 1514 possa lançar a sua construção, iniciando a sua funcionalidade de marco jurisdicional. Mas segundo António Martinho Baptista,[2] supõe-se que seja do século XVII, embora não se fundamente em documentação que o sustente. A sua cronologia tardia é atribuída à ausência de vestígios de guarnições de ferros. O Pelourinho do Soajo é um dos mais singelos e interessantes, pela simultânea rudeza e elegância. É constituído por uma base em três degraus, na qual assenta uma coluna ovalada, sem base nem capitel, imperfeitamente sóbria e unicamente decorada por uma carranca humana sorridente no topo junto ao fuste, onde termina uma lage triangular a rematar. Há uma tradição que atribui ao triângulo a representação do pão a esfriar na ponta de uma lança. Mas a carranca também pode remeter para um chapéu tricorne. O povo do Soajo perdeu de há muito o significado da gramática figurativa primitiva do seu pelourinho. Atualmente, a simbologia do rodo é a explicação. Instrumento agrícola utilizado para nivelar o milho novo nas eiras. É curioso que o lugar onde está o pelourinho, e onde sempre esteve, chama-se Largo de Eiró, que nestas terras do norte e nordeste significa o maior largo da aldeia, uma ampla eira. info: pt.wikipedia.org/

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